domingo, 27 de setembro de 2015

Lágrimas 

Cai uma atrás da outra 

Em fila desordenada 
Leve, de rasto doce 
Numa mentira desastrada 

Cai uma atrás da outra 

Numa dança sem fim 
Contada por lamentos 
Que vivem dentro de mim 

Cai uma atrás da outra 

Em mútuo segredo escondido 
Escondido à frente de todos 
Por todos reconhecido 

O passado no presente 

De onde as cinzas já fugiram
Cai uma atrás da outra 
Pelas outras que já caíram

Cai uma atrás da outra 

Dor, medo, raiva 
Outra, que já caiu 
Outra, que já é nada 

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Este poema foi escrito em conjunto com o Rafael e o Rodrigo para apresentar em Português.
É um poema sobre Camões.

Injustamente na vida perdido,

Em etéreo assente lembrado,
De um fado não merecido,
Para sempre contemplado,

Combatendo com coragem,

Perdendo um olho na margem,
Mas nem por isso foi amado,
Só lá no alto desgraçado,

De um lúcido pensamento,

Tal enigma exposto à luz
Dá ao amor um novo alento,
Ao novo caminho o conduz,

O amor, por formas definido,

Procurando o êxtase desejado,
Em feições eróticas esculpido,
No ser-humano transformado.


segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Bem .....:

 Uma vida marcada pelo tempo 

 pelo tempo que tudo levara 
 levara tudo menos o vento 
 que ao tempo nada deixara